Só sei que nada sei, mas ainda insisto em digitar...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vergonha na Santa Casa de Santos.

Só o Cristo mesmo para "desculpar".


Eu ensaiava aqui um artigo sobre a morte do filósofo e escritor Voltaire (que ainda está sendo confeccionado e será a minha próxima postagem), quando fui surpreendido, tal qual um Zagallo, por uma notícia que me causou extremo asco e revolta.

Me parece que na manhã de hoje, uma senhora faleceu na Santa Casa de Santos (que Deus à tenha!), e na madrugada, quando a família já se encontrava à postos para velar o corpo, o caixão foi aberto e - pasmém! - o corpo era de uma outra senhora.

Revoltada, a família entrou em contato com a Santa Casa de Santos, que localizou o "corpo correto" sendo velado na cidade de São Vicente. Ontem de madrugada, chovia e fazia frio. Hoje, a Santa Casa "lamentou o ocorrido, e pediu desculpas às famílias."

É aquela velha história: em vários casos, lamentar e pedir desculpas é simplesmente muito pouco. Ainda mais, quando algo tão desagradável, e inimaginável até mesmo em um filme de Quentin Tarantino, acontece. E principalmente, quando este algo desagradável ocorre em razão de irresponsabilidade, descaso, falta de profissionalismo, de atenção, de respeito, de ética e de humanidade.

O momento da morte é tão importante na vida do espírito quanto o momento do nascimento, e tal qual um nascimento, é um parto para a vida espiritual, a nossa verdadeira vida. Cada espírito desencarna de uma maneira: uns de maneira mais simples, outros de maneira mais laborosa - tudo vai depender do próprio espírita, e da história que ele mesmo escreveu para si mesmo. A desconexão dos elos fluídicos que unem perispírito e corpo, normalmente procedem, no mundo dos espíritos, como se fosse (e no fundo, é) uma verdadeira cirurgia. E isso pode demorar minutos, horas, semanas, meses, anos ou décadas. Como eu disse, cada caso é um caso, e isso depende do próprio espírito.

Mas além disso, o mundo espiritual sempre nos alertou sobre como deve ser o procedimento durante velórios: é basicamente procurar não se desesperar, pois uma nova jornada se inicia para aquele espírito. Sim, a saudade irá bater, mas não há de se ter desespero, tendo em vista que a morte não rompe, jamais, os laços de afeição que se constróem solidamente no plano terrestre e ao longo das reencarnações sucessivas. Deve-se manter uma postura de oração e confiança em Deus, para que o despredimento do espírito dos despojos carnais seja o mais confortável possível. Agindo dessa maneira, você proporciona paz ao espírito que desencarna, além de você próprio desfrutar desta paz. 

Do contrário, se manter uma postura de revolta e desespero, você estará projetando no ambiente fluídos pesados e asfixiantes, como a agonia que estará sentindo. E como no mundo espiritual tudo se molda na força do pensamento, você, com os maus fluídos que despejará no ambiente e direcionará ao ente querido que se foi, estará dificultando muito o processo de desprendimento do espírito de seus despojos carnais.

Esse é o esforço que devemos fazer, realmente no educarmos, para facilitarmos a passagem daqueles que amamos ao plano espiritual. Não bastante essa série de dificuldades, nos deparamos com uma aberração situacional desta, por parte da Santa Casa de Santos. Espero que coração que não, mas muito provavelmente, toda essa turbulência emocional EXTRA que foi gerada por mais este nefasto inconveniente adminstrativo, gerou uma verdadeira tempestade fluídica-negativa neste velório, trazendo um sofrimento EXTRA à essa família que velava o corpo errado, sem mencionar os próprios espíritos que tiveram seus corpos trocados em razão deste macabro descaso.

Eu não irei mandar à merda a Santa Casa de Santos. Seria muito pouco "mandar à merda" todos os maus profissionais envolvidos neste caso tão triste, insensíveis aos sentimentos das outras pessoas, em especial, dessa família. Que desconhecem a responsabilidade de tratar com algo tão delicado quanto a morte. Que hoje, demonstraram ter um caráter tão pútrido quanto o organismo de um corpo que se decompõe.  Hoje, vocês envergonharam o nome desta instituição, com uma história tão bonita. Que todos os "profissionais' envolvidos sejam devidamente responsabilizados, em todas as esferas possíveis.

E meus sentimentos à todas as famílias envolvidas neste triste caso na nossa cidade, e em especial, à esses dois espíritos que desencarnaram no dia de ontem. 

Fiquem todos com Deus.

Um comentário:

  1. Que situação terrível a dessa família. Velório já é a pior situação do mundo, ainda mais quando o corpo num é o do morto em questão! Como prestar as homenagens de forma devida? Como passar por esse processo de luto sem a imagem (mesmo que falecida) da pessoa querida??
    Complicado.
    E, definitivamente, uma gafe do mais alto nível!

    Bjão, Tayan!

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