Só sei que nada sei, mas ainda insisto em digitar...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Só sei que crescerei.

"Vamos construir para as nossas crianças, e para as futuras, um mundo onde a fantasia não seja tão fantasiosa assim. Ou mundo tão perfeito, onde a palavra "fantasia" perca seu sentido. Pois em um mundo feliz, a fantasia é a própria realidade. A felicidade não será mais um objetivo a ser conquistado, mas sim, mantido."



Ser criança era gritar "Eu tenho a força!" com a espada do He-Man em Serra Negra, ou correr e nadar ainda com medo da espuma do mar nas praias de Paúba. Era montar quartéis generais com meu irmão debaixo da mesa de jantar, para o desespero da Dona Suely. Brincar de Velociraptor com os primos. Desenhar no papel os monstros que você julgava ver nos seus piores pesadelos. Também escrever estórias que você sonhava viver. Mas sendo herói ou sendo bandido, criança é sempre criança.

Ser adulto foi gritar alto um juramento perante a Pátria, ostentando a espada de Oficial do Exército Brasileiro. É sentir saudades do sol e do ventinho de Serra Negra, e do calor de Paúba. É ter se despedido dos quartéis com o sentimento de missão cumprida nos tempos de paz, mas sempre à disposição nos tempos de guerra. É não mais correr dos dinossauros que imaginávamos, mas sim correr atrás do sonhos que, mesmo adultos, ainda insistimos em ter. Não mais desenhar monstros sanguinários no papel, afinal, já nos bastam os monstros inimagináveis que você vê de verdade nos noticiários. Não mais escrever tantas estórias. Não mais escrever sobre tanta fantasia, mas sobre a realidade nua e crua, que não deixa de ser, às vezes, ainda tão fantasiosa.

Pois, quem sabe? Talvez vivendo essa nossa vida tão real, não possamos, um dia, desfrutar de um mundo de fantasias tão maravilhoso que sequer nossa imaginação de criança poderia conceber?

Um mundo de fantasias reais, onde o bem é a realidade, e o mal uma vaga lembrança de tempos trevosos. Trabalhemos em prol disso, no ramo que for. Seja como artista, seja como pedreiro. O que vale é a intenção.

Vamos construir para as nossas crianças, e para as futuras, um mundo onde a fantasia não seja tão fantasiosa assim. Ou mundo tão perfeito, onde a palavra "fantasia" perca seu sentido. Pois em um mundo feliz, a fantasia é a própria realidade. A felicidade não será mais um objetivo a ser conquistado, mas sim, mantido.

Mãos à obra. Em nome de todas as crianças que estão, e que ainda virão à este mundo. 

O trabalho cabe à nós, adultos. Afinal, não somos mais crianças. Mantendo a pureza delas em nosso olhar sempre, mas mantendo também a responsabilidade à serviço da razão.

Pois aos olhos de nossas mães terrenas, e aos olhos de Nossa Padroeira, seremos sempre crianças. Crianças felizes. E às vezes também muito mimadas.

Bom final de feriado à todos.

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