Só sei que nada sei, mas ainda insisto em digitar...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Só sei que tenho vícios de linguagem.

"Vamos policiar essas manias ridículas, por favor! Eu juro que tento fazer a minha parte..."

Vocês têm vícios de linguagem, assim como eu? Aposto que sim.

Vocês já notaram como isso é ridículo? Aposto que não (a maioria, pelo menos).

Eu mesmo venho, há anos, tentando conscientemente me policiar quanto à esses malditos vícios de linguagem. Pois, com o passar do anos, você acaba percebendo o quanto isso é modista, regionalista, ridiculista e acefalista. Eis alguns exemplos básicos de vícios de linguagem:

Alguns são usados para demonstrar concordância: "Só", "Pode Crer", "Isso memo" (que vira "Sumemo"), "Demorô", "É nóis" ou simplesmente "Nóis".

Que merda!


Outros, utilizados nos finais das interrogações, antes do ponto de interrogação: "Tá ligado?", "Tá certo?", "Viu?", "Tu se ligou?", "Né não?", "Morô?". Eu particularmente cito o exemplo do vício mantido pelo filósofo Olavo de Carvalho, quem escuta o "TrueOutSpeak" sabe que ele fala "...tá certo, não?".

Que ridículo(a)!

Temos também os vícios que servem para nos dirigirmos à alguém. E o mais ridículo, é que é sempre alguém que está normalmente do seu lado: "Ô", "Aê", "Se liga", "Mano", "Velho", "Maluco".

Que tosco(a)!


Os vícios que mostram indignação também estão presentes no dia a dia: "Sério?", "É memo?", "Tá brincando?", "Jura?", "Tá louco?", "Que porra?", "Nem fodendo?", "Que fita!".

Que filho(a) da puta!

Existem também os vícios de chamarmos os outros de "querido(a)", "amigo(a)", "colega", "amigão(gona)", "lindo(a)", "amizade", "jovem", "bicho", "zé", "joe". No quartel usa-se muito "senhor", mas tudo bem, pois é sinal de respeito. As variações podem piorar, caso usadas no diminutivo, que podem demonstrar ironia ou intimidade: "lindinho(a)", "queridinho(a)"...

Eu, particularmente, chamo as mulheres de "boneca" e os rapazes de "grande". (?)

Que lixo!

No exército, temos os sensacionais: "bisonho", "monstro", "guerreiro", "lixão", "ridiculão", "animal", "seu baixaria", entre outros. Aliás, nas organizações militares existem MUITOS vícios de linguaguem (na minha opinião, os melhores de tão piores). Alguns como: "bizu", "sanhaço", "jangal", "aos caralho", "vai pro barro", "vai chafurdar", "tá de sacanagem"...são tantos, vou enumerando conforme for lembrando.

Bizarro!


Acho que no fundo, a coisa mais ridícula que existe é uma mania que TODOS têm, sem exceções, que é algo  mais ou menos assim: Alguém te fala algo. Você escuta. Você entende. Mas não sei por que diabo, mesmo tendo ouvido e compreendido, você olha para a pessoa e fala "Hã?", "Como?", "Oi?" ou "Não entendi?". E faz a pessoa repetir tudo denovo. E você acha engraçado por dentro ter feito a pessoa acreditar que você não tinha escutado o que ela disse, quando na verdade você já tinha escutado.

Vamos policiar essas manias ridículas, por favor! Eu juro que tento fazer a minha parte...

Abraços!

PS: Hã?

3 comentários:

  1. Eu tenho mania de falar "cara", de chamar todo mundo de "gato" ou "gata" e, como boa paulistana, incluo um "meu" em todas as frases.
    É feio que dói.

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  2. Eu tbm tenho muitas manias a de falar "tipo", "meu" e alguns outros palavrões! ahuhsuahs

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